segunda-feira, 21 de setembro de 2009

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

De acordo com o Conselho Nacional de Educação e Parecer 11/2000, são estabelecidos Fundamentos e Funções da EJA, tendo por uma das funções a Reparadora, como o próprio nome já diz a reparação/restauração de um direito do indivíduo à educação mesmo que mais tarde.
Outra função da EJA é a equalização, ou seja, pessoas que não puderam terminar seus estudos possam reentrar no sistema educacional, possibilitando também oportunidades no mercado de trabalho, na vida social, proporcionando melhor qualidade de vida e inclusão destas pessoas, de variadas idades posterior aquela obrigatória no ensino de nove anos.
A função permanente ou qualificadora da EJA, sendo o processo permanente do desenvolvimento de conhecimentos e habilidades, competências e valores que elevam o ser humano a sua realização em todos os âmbitos.
Os estudantes da EJA são pessoas que adéquam deveres de sustento familiar, sendo assim, possuem vida familiar, trabalho e uma vida em sociedade.
Em se tratando da educação de jovens e adultos, não pode faltar neste contexto a discussão sobre a formação docente responsável pela educação destas pessoas que sentiram a necessidade de voltar ao ambiente escolar.
Os docentes para a EJA devem estar ou ser preparados para este público que em sua maioria possuem idades muito parecidas com a dos professores.
Os alunos da EJA buscam por uma educação voltada para a valorização pessoal, profissional, significação social. Como o currículo está para formação do aluno, assim como o aluno está para a escola, deve haver uma avaliação e planejamento envolvendo este ambiente que sedia um importante avanço educacional e traz para a realidade escolar pessoas que um dia desestimuladas ou por outros motivos, trancaram seus estudos e com o passar dos anos sentiram a necessidade de voltar a estudar.

CURRÍCULO INTEGRADO-DIDÁTICA

O estudo do texto “As Origens da Modalidade de Currículo Integrado” de Jurjo Torres Santomé propicia o entendimento sobre a forma como se estendeu o processo entre o modo de produção e os sistemas educacionais durante o século XX.
Com o Fordismo, como assim foi chamado, apareceu visões de que a qualificação profissional não seria importante, pois o que se buscava era uma mão de obra mais barata e, portanto, qualquer pessoa poderia fazê-lo. Neste sentido, as perdas de emprego eram cotidianas, pois qualquer coisa que fosse considerado errado pelo empregador, automaticamente o trabalhador poderia se considerar desempregado.
Como se pode perceber, o “fordismo”, não contribuía em nada para a educação, pois não possibilitava que as pessoas buscassem se qualificar por meios educacionais para desenvolver suas habilidades trabalhistas, bem como cursos profissionalizantes.
Na medida em que o setor de trabalho e o sistema educacional estavam desconectados, o currículo escolar era considerado abstrato e descontextualizado com a sociedade.
Com a chegada do Toyotismo ou Ohnonismo, o mundo empresarial percebeu que a qualificação profissional do trabalhador melhoraria a produtividade e qualidade do produto. Com isto, os trabalhadores puderam gozar de autonomia, assumir variadas funções e desenvolver trabalho em grupo.
Com a proposta de trabalho e qualificação profissional do Toyotismo, os sistemas educacionais se envolveram no sentido de formar pessoas com conhecimentos e qualificações para o mercado de trabalho, bem como as exigências funcionais da época.
Neste sentido, até os dias atuais, percebemos os vínculos que se estabelecem entre os sistemas educacionais e as necessidades de mercado, formando pessoas competitivas, com profissionalização.
Mas, é evidente que em pleno século XXI que estamos, com uma realidade de esgotamento dos recursos naturais, busca por novos meios que desperdicem menos recursos naturais e mesmo assim contentem as necessidades sociais, as escolas também trabalhem com seus alunos a construção do senso crítico sobre os assuntos envolvendo a sociedade, bem como o desperdício da água, a poluição da natureza, instrumentalizando o aluno para o mercado de trabalho e desenvolvendo a criatividade, pois os alunos não são iguais e, portanto têm idéias variadas, da onde podem surgir idéias inovadoras que possibilitem melhor qualidade de vida para a sociedade.