domingo, 20 de junho de 2010

Aula Interessante

Planejei uma aula sobre medidas de comprimento com os meus alunos. Começamos medindo a classe em palmos (comprimento, largura, altura). Os alunos puderam constatar que as medidas de um colega para o outro não eram iguais. Então começaram a medir as mãos. Em seguida pedi a um aluno que medisse a sala de aula a passos (largura e comprimento). Depois descemos até a quadra de esportes a fim de medi-la a passos. Tudo o que havia para ser medido na quadra, os alunos iam medindo e anotando no caderno.
Utilizei uma maneira de medir que aprendi em uma aula presencial no Pólo, que foi a fita. Os alunos iam usando a fita para medir, mas, no entanto eles não sabiam quanto mediam a fita, apenas iam dizendo: “A goleira mediu tantas fitas”. Para esta aula também levei uma trena, que foi utilizada para saber a altura dos alunos.
Esta aula foi interessante porque pude juntar algo que aprendi no curso, com o planejamento de uma aula e também com algo que foi essencial como o interesse dos alunos em aprender e se envolver com a aula.

Trabalho com parceria

Sem ter a experiência docente, mas sempre indo em busca de informações, ouvia falar, lia a respeito e também concordava que, é fundamental que o professor conheça a realidade do seu aluno, e possa estabelecer vínculos essenciais para que haja interação entre aluno e professor.
Este estágio me possibilitou ir bem fundo nesta questão, o que também fez questionar-me muitas vezes e buscar ajuda para que eu pudesse entender melhor os meus alunos.
Por muitas vezes questionei minhas práticas em sala de aula, “será que é assim mesmo?”, “estou fazendo certo?”. Algumas vezes senti falta de conversar com a professora titular dos meus alunos, já que quando iniciei meu estágio, dois dias antes ela havia saído e em seu lugar haviam colocado outra professora que só estava de passagem, que também não conhecia a turma e não tinha a prática com alunos de séries iniciais e dificilmente ficava em sala de aula.
Em certo momento senti a necessidade de regras de convivência em sala de aula, mas eu não poderia criar as tais regras, se os próprios criadores não fossem os alunos. Então solicitei aos alunos que me dissessem algumas coisas que faltavam em sala de aula, nisto eu ia escrevendo no quadro, e eles no caderno.
Enquanto isto eu ia me questionando sobre a realidade dos meus alunos, um a um. Constatei que em alguns casos os pais não se fazem tão presentes na vida dos seus filhos como gostariam, pois trabalham em tempo integral. Neste momento algo me tocou muito forte, pois tenho um filhinho e comecei a pensar e relacionar os meus alunos e meu filho, já que também trabalho em tempo integral.
Então, recebi uma dica preciosa de minha professora e minha tutora, que me disseram para fazer o Correio da Amizade com os alunos. Os alunos se sentiram incentivados a colocar suas cartinhas no correio e eu também estou participando. Mas não parou por aí, em seguida tive a idéia de fazer o “Presente da Amizade”, que também foi uma experiência emocionante.

REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO


O estágio me proporcionou uma descoberta muito significante sobre o “Querer”, “Poder” e “Fazer”. Muitas vezes queremos fazer algo, como planejar uma aula com os alunos, mas nisto vem à pergunta “isto se encaixa na necessidade atual dos alunos ou estamos indo além da realidade dos alunos?”. Muitas vezes me perguntei sobre isto no estágio. Percebi também que o tempo em que os alunos constroem suas aprendizagens não é o mesmo. Alguns alunos demoram um pouco mais construindo suas aprendizagens, mas todos eles necessitam de atenção e mediação da minha parte.
Em alguns casos nas realizações das atividades, alguns alunos desenvolvem mais rápidos, outros mais vagarosamente. Para estes casos, sempre tenho algo em mente, não deixando que nenhum fique ocioso, já que os alunos que terminam primeiro são aqueles que quanto mais atividades melhor. Mas, sempre faço um balanço entre quantidade e qualidade das atividades.
Somente com o estágio pude constatar que: “Querer nem sempre é poder”, “Poder nem sempre é Fazer”. Muitas vezes tive vontade de fazer algumas atividades com os alunos e mediante a realidade, as tais atividades não foram possíveis. Como por exemplo, planejar uma aula em que os alunos pudessem se apropriar de tecnologias como o computador.
"Todo fazer é um conhecer e todo conhecer é um fazer" (MATURANA; VARELA, 2002, p. 31)

terça-feira, 1 de junho de 2010

SER PROFESSOR

O estágio me proporcionou uma profunda reflexão de que ser professor é estar em constante processo de pensar e repensar atitudes, planejamentos e adequá-los a realidade dos nossos educandos.
Também, intermediar o ensino é muitas vezes acatar opiniões e não acatar opiniões, pois quem conhece os alunos e a necessidade dos mesmos é quem convive e passa horas planejando e intermediando algo que muitas vezes pode se estender um pouco mais, multiplicando-se em mais aulas ou simplesmente terminar em questão de minutos se o lúdico pedagógico e a didática não estiverem unidos numa ação contínua.
O estágio tem feito muito por mim, pois pude ver na prática como se deve ser um professor, o compromisso com o aluno, e que ser professor é intermediar o conhecimento e muito mais que isto, é também aprender com os alunos.